UNICEF: Mais de 28 milhões de crianças foram deslocadas por conflitos em 2015 e estão ameaçadas 14/09/2016 - 13:50
Milhões de crianças expulsas de suas casas devido à violência e conflitos, ou na esperança de encontrar um futuro melhor e mais seguro, enfrentam novos perigos ao longo do caminho – incluindo o risco de afogamento em travessias marítimas, desnutrição e desidratação, tráfico, sequestro, estupros e até assassinatos.
O quadro preocupante foi divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) por meio de um relatório publicado nesta quarta-feira (7).
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“Imagens permanentes de cada criança – o pequeno corpo de Aylan Kurdi em uma praia após o afogamento no mar, ou o rosto atordoado e sangrento de Omran Daqneesh em uma ambulância depois de sua casa ter sido destruída – chocaram o mundo”, afirmou o diretor-executivo do UNICEF, Anthony Lake.
“Mas cada imagem, cada menina ou menino, representa muitos milhões de crianças em risco – e isso exige que a nossa compaixão para com as crianças individualmente seja combinada com a ação para todas as crianças”, acrescentou.
O relatório – intitulado “Desenraizados: a crescente crise de crianças refugiadas e migrantes” – apresenta um quadro sombrio da vida e situações de milhões de crianças e famílias afetadas por conflitos violentos e outras crises, situações estas que fazem parecer mais seguro arriscar tudo em um viagem perigosa do que permanecer em casa.
De acordo com o relatório, cerca de 50 milhões de crianças, em todo o mundo, migraram através de ou dentro de suas fronteiras, ou foram deslocadas à força. Mais de metade desse número – 28 milhões – são meninos e meninas com menos de 18 anos que fugiram da violência e da insegurança.
Além disso, o documento aponta que mais e mais crianças estão atravessando as fronteiras por conta própria. Em 2015, mais de 100 mil crianças não acompanhadas pediram asilo em 78 países – o triplo do número de 2014.
As crianças não acompanhadas estão entre aquelas com maior risco de exploração e abuso, incluindo por parte de contrabandistas e traficantes.
Em termos de distribuição geográfica, o relatório assinala que a Turquia acolhe o maior número total de refugiados recentes e, muito provavelmente, o maior número de crianças refugiadas no mundo. Em termos percentuais, o Líbano acolhe o maior número de refugiados por uma margem esmagadora: cerca de uma em cada cinco pessoas no Líbano é refugiada.
Na região das Américas, o Brasil é o sétimo país com o maior número de migrantes – tanto emigrantes quanto imigrantes – em 2015, e o oitavo que recebeu o maior número de migrantes internacionais com menos de 18 anos.
O Brasil foi o destino de 714 mil crianças em 2015, o que não representa nem 1% de sua população total. Em contrapartida, pouco mais de 1,5 milhão de crianças deixaram o país, também em 2015, para migrar para outro país – número que ultrapassa 1% da população brasileira.
Um em cada dez migrantes nas Américas é criança, sendo que quatro em cada cinco crianças migrantes vivem em apenas três países: Estados Unidos, México e Canadá. Estes países possuem números muito acima dos demais países. No total, 6,3 milhões de crianças migrantes vivem nas Américas, o que representa um quinto do total global.
Acesse o relatório na íntegra, em inglês, clicando aqui. Saiba mais sobre o que o UNICEF está fazendo sobre o tema aqui.
O quadro preocupante foi divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) por meio de um relatório publicado nesta quarta-feira (7).
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“Imagens permanentes de cada criança – o pequeno corpo de Aylan Kurdi em uma praia após o afogamento no mar, ou o rosto atordoado e sangrento de Omran Daqneesh em uma ambulância depois de sua casa ter sido destruída – chocaram o mundo”, afirmou o diretor-executivo do UNICEF, Anthony Lake.
“Mas cada imagem, cada menina ou menino, representa muitos milhões de crianças em risco – e isso exige que a nossa compaixão para com as crianças individualmente seja combinada com a ação para todas as crianças”, acrescentou.
O relatório – intitulado “Desenraizados: a crescente crise de crianças refugiadas e migrantes” – apresenta um quadro sombrio da vida e situações de milhões de crianças e famílias afetadas por conflitos violentos e outras crises, situações estas que fazem parecer mais seguro arriscar tudo em um viagem perigosa do que permanecer em casa.
De acordo com o relatório, cerca de 50 milhões de crianças, em todo o mundo, migraram através de ou dentro de suas fronteiras, ou foram deslocadas à força. Mais de metade desse número – 28 milhões – são meninos e meninas com menos de 18 anos que fugiram da violência e da insegurança.
Além disso, o documento aponta que mais e mais crianças estão atravessando as fronteiras por conta própria. Em 2015, mais de 100 mil crianças não acompanhadas pediram asilo em 78 países – o triplo do número de 2014.
As crianças não acompanhadas estão entre aquelas com maior risco de exploração e abuso, incluindo por parte de contrabandistas e traficantes.
Em termos de distribuição geográfica, o relatório assinala que a Turquia acolhe o maior número total de refugiados recentes e, muito provavelmente, o maior número de crianças refugiadas no mundo. Em termos percentuais, o Líbano acolhe o maior número de refugiados por uma margem esmagadora: cerca de uma em cada cinco pessoas no Líbano é refugiada.
Na região das Américas, o Brasil é o sétimo país com o maior número de migrantes – tanto emigrantes quanto imigrantes – em 2015, e o oitavo que recebeu o maior número de migrantes internacionais com menos de 18 anos.
O Brasil foi o destino de 714 mil crianças em 2015, o que não representa nem 1% de sua população total. Em contrapartida, pouco mais de 1,5 milhão de crianças deixaram o país, também em 2015, para migrar para outro país – número que ultrapassa 1% da população brasileira.
Um em cada dez migrantes nas Américas é criança, sendo que quatro em cada cinco crianças migrantes vivem em apenas três países: Estados Unidos, México e Canadá. Estes países possuem números muito acima dos demais países. No total, 6,3 milhões de crianças migrantes vivem nas Américas, o que representa um quinto do total global.
Acesse o relatório na íntegra, em inglês, clicando aqui. Saiba mais sobre o que o UNICEF está fazendo sobre o tema aqui.