A Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (Seju), por meio da Escola de Educação em Direitos Humanos (ESEDH), ofereceu aos servidores de Curitiba e região, um curso de Língua Portuguesa na Prática. O curso, que terminou na última terça-feira, 07, teve seis encontros, durante os meses de outubro e novembro, totalizando 24 horas de curso.

“O objetivo desta formação, por um lado, foi o de desconstruir uma ideia conservadora de língua, que vê no conhecimento da gramática formal a chave para se dominar a linguagem; e, por outro lado, reforçar a ideia de que a língua, muito mais do que um instrumento de comunicação, é uma realidade que nos constitui, que nos revela, que nos dá identidade”, explicou a Diretora da ESEDH, Sônia Virmond.

Para a professora do curso, Ana Tezza, é preciso ir além das regras gramaticais da língua portuguesa. “Pra aprender o português ou para dominar a língua, é preciso saber da utilidade, saber que a língua carrega intencionalidades, que ela é um poder também. Existem outras dimensões que são muito mais práticas, muito mais pragmáticas, semânticas, políticas, do que necessariamente só a técnica mesmo” comentou a professora que é licenciada em letras pela Universidade Federal do Paraná e mestre em Teoria Literária pela Universidade do Estado de Santa Catarina.

Para Kamilla da Silva, o curso foi a possibilidade de desfazer alguns preconceitos. “Na primeira aula a gente falou um pouco sobre o preconceito linguístico, o que me ampliou essa visão da língua, e pensar muito também sobre a língua falada, essa visão mais ampla da língua. Eu acho que possibilitou um olhar diferente, um olhar também que de que é possível aprender mais e de não achar que a língua portuguesa é algo muito difícil e distante. Portanto, ela simplificou isso para nós de uma forma muito bacana”, disse a residente técnica do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania.