Procurador diz que trabalho escravo é comum no oeste do PR 16/05/2016 - 13:30
Cento e vinte e oito anos depois da promulgação da Lei Áurea, que pôs fim à escravidão no Brasil - fomos o último país do mundo a tomar tal decisão -, o Brasil ainda convive com estigmas de uma sociedade rural, onde as elites fazendeiras impunham suas vontades mesmo perante os crescentes centros urbanos. E nem precisamos ir tão longe para se deparar com essa realidade cruel: basta viajar para o oeste do Paraná, segundo o procurador regional da República, Carlos Aguiar.
Em entrevista após 20 pessoas serem retiradas de uma fazenda de Guaraniacu, a 50 quilômetros de Cascavel, na última sexta-feira, o procurador afirma que os casos de trabalhadores, em situação análoga à escravidão são recorrentes na região oeste do estado.
Segundo o relato oficial, os trabalhadores tinham de roçar e limpar o pasto na fazenda. A situação em que eles se encontravam era "extremamente degradante num alojamento improvisado, feito com pedaços de madeira coberta com lona plástica", sendo que as camas em que eles dormiram eram feitas com galhos de árvores e colchonetes sujos e rasgados. Para piorar, o grupo sequer tinha condição de sair do alojamento em que vivia, já que não é possível deixar o local a pé.
“Esse tipo de serviço é praticado de forma recorrente na região. Tanto que existem os agenciadores, que ganham, e ganham bem, para intermediar. De certa forma, é para fazer com que o empregador não suje as mãos”, disse o procurador.
Um dos trabalhadores afirmou à equipe do Ministério Público Federal. que estava no local há três anos. Ele contou que há 25 anos trabalha desta forma na região.
Em entrevista após 20 pessoas serem retiradas de uma fazenda de Guaraniacu, a 50 quilômetros de Cascavel, na última sexta-feira, o procurador afirma que os casos de trabalhadores, em situação análoga à escravidão são recorrentes na região oeste do estado.
Segundo o relato oficial, os trabalhadores tinham de roçar e limpar o pasto na fazenda. A situação em que eles se encontravam era "extremamente degradante num alojamento improvisado, feito com pedaços de madeira coberta com lona plástica", sendo que as camas em que eles dormiram eram feitas com galhos de árvores e colchonetes sujos e rasgados. Para piorar, o grupo sequer tinha condição de sair do alojamento em que vivia, já que não é possível deixar o local a pé.
“Esse tipo de serviço é praticado de forma recorrente na região. Tanto que existem os agenciadores, que ganham, e ganham bem, para intermediar. De certa forma, é para fazer com que o empregador não suje as mãos”, disse o procurador.
Um dos trabalhadores afirmou à equipe do Ministério Público Federal. que estava no local há três anos. Ele contou que há 25 anos trabalha desta forma na região.