Oito gráficos que explicam a cultura das armas nos EUA 18/05/2018 - 14:10

O pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos levantou novamente questões sobre a posse de armas.

Defensores de restrições usaram o atentado em Las Vegas, que deixou ao menos 58 mortos e mais de 500 feridos, para ilustrar seus argumentos em prol de regras mais rígidas, enquanto o presidente Donald Trump disse que esse debate "não deve ser travado agora".

Ao mesmo tempo, opositores de medidas do tipo dizem que elas violam a 2ª Emenda da Constituição do país, a qual diz que, "sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito do povo de possuir e usar armas não poderá ser infringido".

Trata-se de uma dinâmica que vem à tona sempre que ocorre uma tragédia envolvendo o uso armas de fogo. Entenda o quadro:

Como os EUA se comparam a outros países?

Cerca de 40% dos americanos dizem ter uma arma ou viver em uma casa onde há uma, segundo uma consulta feita do instituto de pesquisa Pew em 2017. O país tem a maior taxa de homicídios com armas de fogo do mundo desenvolvido - houve mais de 11 mil assassinatos do tipo em 2016.

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Homicídios mencionados aqui incluem as modalidades dolosa e culposa. O FBI separa essas estatísticas do que chama de homicídios justificáveis, o que inclui a morte de um criminoso por um agente de segurança pública ou cidadão comum em determinadas circunstâncias, que não estão incluídos.

Quem são os donos de arma no mundo?

Mesmo que seja difícil saber exatamente quantas armas estão nas mãos de civis ao redor do mundo, seja qual for a estimativa, os Estados Unidos lideram de longe, com 270 milhões de unidades.

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Suíça e Finlândia são os países europeus com mais armas por pessoa - em ambos, o serviço militar é obrigatório para homens com mais de 18 anos.

Qual o motivo das mortes por armas de fogo nos EUA?

Houve mais de 90 ataques a tiros - homicídios envolvendo quatro ou mais vítimas - nos Estados Unidos desde 1982. Mas o número de pessoas mortas assim a cada ano representa apenas uma pequena fração do total.

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Houve quase duas vezes mais suicídios envolvendo armas de fogo em 2015 do que assassinatos com armas, e essa proporção vem aumentando nos últimos anos.

Suicídios por armas de fogo respondem por quase metade de todos os suicídios nos Estados Unidos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Um estudo de 2016 publicado no periódico científico American Journal of Public Health aponta para uma correlação forte entre os altos níveis de posse de arma em um Estado e maiores taxas de suicídio de homens e mulheres.


Veja a matéria completa em: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41501743


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