Diretores dos CENSES participam do Ciclo de Cinema e Direitos Humanos na ESEDH 29/11/2017 - 17:12

O 1º Ciclo de Cinema e Direitos Humanos da ESEDH exibiu na noite desta terça-feira o filme “De cabeça Erguida”, de Emmanuelle Bercot. Essa foi a última exibição de uma série de seis filmes, apresentados ao longo dos três últimos meses. Todos os filmes exibidos tinham um tema relacionado aos direitos humanos – migração, direitos civis, liberdade de expressão, preconceito racial, questão de orientação sexual e, por fim, uma temática voltada ao sistema de proteção da criança e do adolescente. Após cada uma das exibições, houve um debate conduzido por profissionais convidados.

Em razão da temática, para a exibição deste filme, foram convidados os gestores dos Centros de Socioeducação (CENSES), que se encontram em Curitiba para um curso de capacitação de três dias.

O filme trata do sistema de proteção à infância e à juventude na França, por meio da história do garoto Malony, abandonado pela mãe na infância, criado em abrigos e famílias provisórias, até que na adolescência inicia um percurso infracional, que desencadeia internações em instituições similares as nossas Casas de Semiliberdade.

Extremamente agressivo e com surtos incontrolados de violência, Malony, interpretado pelo ator Rod Paradot, é assistido por uma única juíza ao longo de 10 anos de sua vida. A magistrada, cujo papel foi desempenhado pela magnífica Catherine Deneuve, revela uma quase “insistência” em não entregar os pontos. Ao longo de dezenas de audiências, sua postura é a de sempre apostar na possibilidade da integração social do adolescente, sem, no entanto, deixar de responsabilizá-lo pelas suas ações.

O filme traça um retrato realista das desigualdades sociais e das consequências do histórico de abandono familiar, mas, ao mesmo tempo, sem escorregar numa visão romantizada, aponta algumas pistas, tanto institucionais quanto pessoais, para se romper com o ciclo de delinquência e violência.

O debate após o filme foi realizado pelo Prof. e Defensor Público André Giamberardino, que, ao levantar questões sobre o filme, permitiram refletir sobre a realidade da socioeducação no país e, ao mesmo tempo, traçar alguns paralelos com a realidade francesa. 

Para o ano de 2018, a ESEDH pretende lançar uma nova edição do Ciclo de Cinema e Direitos Humanos, desta vez em parceria com a UFPR.

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