Dia internacional da mulher: dois séculos de luta 07/03/2016 - 16:40
A data de 8 de março, que marca o dia internacional da mulher, carrega um histórico de desafios e de lutas. Desde a Revolução Francesa, no final do século XVIII, há registros de protestos em prol da construção da igualdade e da cidadania da mulher. Muitas foram as mortes em nome dessas ideias e prova disto é a história de Olympe de Gouges, que morreu na guilhotina em 1793 por acreditar que mulheres e homens tinham direitos iguais por natureza.
Mas, para além da igualdade, era necessário também reconhecer a necessidade da diferença, e, principalmente, entender que um direito não exclui a possibilidade do outro. Mary Wollstonecraft, militante inglesa, do século XIX, considerada por muitos como uma das fundadoras dos movimentos feministas, foi uma das protagonistas desta ideia, reforçando que as necessidades e preocupações específicas das mulheres deveriam ser levadas em conta.
Porém, um episódio sangrento daria outra dimensão para esta luta: em 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, paralisaram suas atividades em protesto por melhores condições de trabalho. O ato foi violentamente reprimido, e as manifestantes foram trancadas dentro da fábrica que foi incendiada. Estima-se que 130 mulheres morreram com o ataque.
Somente após 53 anos, nasceu a data do '‘dia Internacional da mulher’' em homenagem as que morreram no episódio ocorrido em 1857, em uma conferência na Dinamarca. A data, no entanto, foi oficializada pela Organização das Nações Unidas – ONU apenas em 1975.
Hoje, na sua 41ª comemoração, ainda são muitos os desafios a serem superados. Temas como respeito, igualdade de oportunidades, equidade salarial, fim do assédio sexual, fim do racismo e direitos iguais, numa sociedade que se complexifica, ainda pautam campanhas publicitárias deste dia, mesmo após de dois séculos de luta.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a ESEDH dedicará esta semana à postagem de notícias sobre essa temática, por meio de artigos, filmes, relatos de experiência e história marcantes de mulheres.
Marcela Guedes - estagiária de Ciências Sociais
Mas, para além da igualdade, era necessário também reconhecer a necessidade da diferença, e, principalmente, entender que um direito não exclui a possibilidade do outro. Mary Wollstonecraft, militante inglesa, do século XIX, considerada por muitos como uma das fundadoras dos movimentos feministas, foi uma das protagonistas desta ideia, reforçando que as necessidades e preocupações específicas das mulheres deveriam ser levadas em conta.
Porém, um episódio sangrento daria outra dimensão para esta luta: em 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, paralisaram suas atividades em protesto por melhores condições de trabalho. O ato foi violentamente reprimido, e as manifestantes foram trancadas dentro da fábrica que foi incendiada. Estima-se que 130 mulheres morreram com o ataque.
Somente após 53 anos, nasceu a data do '‘dia Internacional da mulher’' em homenagem as que morreram no episódio ocorrido em 1857, em uma conferência na Dinamarca. A data, no entanto, foi oficializada pela Organização das Nações Unidas – ONU apenas em 1975.
Hoje, na sua 41ª comemoração, ainda são muitos os desafios a serem superados. Temas como respeito, igualdade de oportunidades, equidade salarial, fim do assédio sexual, fim do racismo e direitos iguais, numa sociedade que se complexifica, ainda pautam campanhas publicitárias deste dia, mesmo após de dois séculos de luta.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a ESEDH dedicará esta semana à postagem de notícias sobre essa temática, por meio de artigos, filmes, relatos de experiência e história marcantes de mulheres.
Marcela Guedes - estagiária de Ciências Sociais