“Desafiamos a morte permanentemente” - Um ano após o assassinato de Berta Cáceres, advogado conta como é trabalhar no país mais perigoso do planeta para defensores de direitos humanos 22/03/2017 - 12:40
Há exatamente um ano, a proeminente ativista hondurenha Berta Cáceres era assassinada enquanto dormia em sua casa, na cidade de La Esperanza, a trezentos quilômetros da capital Tegucigalpa. Naquela madrugada, seu nome foi somado à lista de 120 ativistas mortos desde 2010 no país – o mais perigoso lugar do planeta para defensores e defensoras de direitos humanos, de acordo com a ONG Global Witness.
Berta era conhecida internacionalmente por ser uma das fundadoras do COPINH (Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras) e por sua dedicação implacável à luta contra a construção da hidrelétrica de Agua Zarca em território lenca – a maior etnia de Honduras, da qual ela mesma fazia parte.
Iniciada em 2011, a obra não passou pela consulta livre prévia e informada das comunidades afetadas como determina a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual Honduras é signatária, e pode afetar de maneira irreversível a vida dos povos indígenas que vivem na região.
Por conta de seu ativismo, Berta vivia sob ameaças constantes e contava com uma medida cautelar expedida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
De passagem pelo Brasil, o advogado hondurenho e coordenador geral do Movimento Amplo pela Dignidade e a Justiça, Martín Fernandez Guzmán, explicou em entrevista à Conectas como é trabalhar nesse contexto de violência e perseguição permanentes contra defensores de direitos humanos. Sua organização, fundada em 2008, atua como braço legal e técnico do COPINH.
Guzmán, que também conta com medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, analisou ainda o contexto e as contradições que permeiam as investigações sobre o assassinato de Berta e as semelhanças entre as realidades de Brasil e Honduras no que tange à violência no campo.
Berta era conhecida internacionalmente por ser uma das fundadoras do COPINH (Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras) e por sua dedicação implacável à luta contra a construção da hidrelétrica de Agua Zarca em território lenca – a maior etnia de Honduras, da qual ela mesma fazia parte.
Iniciada em 2011, a obra não passou pela consulta livre prévia e informada das comunidades afetadas como determina a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual Honduras é signatária, e pode afetar de maneira irreversível a vida dos povos indígenas que vivem na região.
Por conta de seu ativismo, Berta vivia sob ameaças constantes e contava com uma medida cautelar expedida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
De passagem pelo Brasil, o advogado hondurenho e coordenador geral do Movimento Amplo pela Dignidade e a Justiça, Martín Fernandez Guzmán, explicou em entrevista à Conectas como é trabalhar nesse contexto de violência e perseguição permanentes contra defensores de direitos humanos. Sua organização, fundada em 2008, atua como braço legal e técnico do COPINH.
Guzmán, que também conta com medidas cautelares da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, analisou ainda o contexto e as contradições que permeiam as investigações sobre o assassinato de Berta e as semelhanças entre as realidades de Brasil e Honduras no que tange à violência no campo.
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