Conferência de Direitos Humanos de LGBT apresenta 70 propostas para implementação de políticas públicas 29/04/2016 - 14:00

No último dia da 3ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT foram apresentadas 70 propostas para implementação de políticas públicas. Os textos envolvem Políticas Intersetoriais, Pacto Federativo, Participação Social e Sistema Nacional de Promoção da Cidadania e Enfrentamento da Violência Contra a População LGBT, Educação, Cultura e Comunicação em Direitos Humanos, Segurança Pública e Sistema de Justiça na Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da População e Marcos Jurídicos.

Para o presidente do Conselho Nacional LGBT, Paulo Maldos, a implementação das políticas públicas de promoção e defesa dos direitos humanos da população LGBT passa pelo compromisso das diferentes instâncias da sociedade e do Estado. “Essa implementação deve se dar de forma articulada entre os órgãos governamentais e a sociedade civil. A educação, a comunicação e a cultura também têm papel fundamental na formação da população brasileira. Além de promover uma educação de qualidade”, disse.

Violência

A violência foi o tema mais discutido durante dos dias de Conferência. O número de assassinatos de transexuais ainda é alto no país, além da não aceitação, que é um problema no mercado de trabalho. “Não há mercado de trabalho para as transexuais hoje. Assim, muitas delas aderem à prostituição e acabam assassinadas. Com esta Conferência e como pudemos propor iniciativas, o resultado é avançar”, afirma a transexual Virgínia Loureiro.

Força na luta

Maldos afirmou ainda que a Conferência foi uma das melhores. “Vemos e sentimos que há um avanço e esse avanço vai continuar. Os militantes, os presentes fizeram com que a luta continue. O conteúdo abordado foi muito rico”, afirma.

A advogada Helena Rangel, que milita a favor dos LGBTs afirma que a luta continua e que a Conferência proporcionou mais força para a luta. “A violência, como fenômeno complexo e multicausal, exige o desenvolvimento de políticas de enfrentamento que considerem os fatores de risco e agenciamentos para a criminalidade, e que possam incidir nos aspectos culturais e sociais que produzem e reproduzem a violência. Estamos mais forte, com certeza”, afirma.

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