Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiterou apelos por diálogo entre oposição e governo na Venezuela. Questionado sobre seu posicionamento quanto à repressão das autoridades a manifestações, o dirigente afirmou que “a América Latina lutou com sucesso, nas últimas décadas, para libertar-se tanto da intervenção estrangeira, quanto do autoritarismo”.

“Eu acho que esse é um legado que tem de ser preservado”, defendeu o chefe da ONU. Guterres reafirmou que a Venezuela precisa de uma solução política para a crise.

“Eu reconheço os esforços de facilitadores internacionais e líderes regionais que estão auxiliando o governo venezuelano e a oposição na tentativa de avançar negociações políticas. Eu apoio —- esses esforços”, disse o secretário-geral.

Perguntado sobre o que acha da possível intervenção militar proposta pelo presidente norte-americano Donald Trump para resolver a crise, Guterres enfatizou que as conquistas dos países latino-americana dizem respeito não só à luta contra com o autoritarismo, mas também à ações de forças externas na região.

Guterres pede compromisso com sanções à Coreia do Norte

Na mesma coletiva, Guterres também falou sobre as recentes tensões na península coreana, que, segundo o secretário-geral, atingiram um nível não observado há décadas. “Nós nos lembramos do enorme sofrimento causado pela Guerra da Coreia, que começou há 67 anos. Mais de 3 milhões de pessoas foram mortas, com uma taxa de mortalidade de civis mais alta que na Segunda Guerra Mundial”, disse o chefe da ONU.

Ressaltando que o mundo não deve repetir os erros do passado, o secretário-geral das Nações Unidas cobrou uma adoção unificada pela comunidade internacional da recém-aprovada resolução 2371 do Conselho de Segurança. Diretiva impõe sanções contra a Coreia do Norte, impondo uma proibição total da exportação de carvão, ferro e minério de ferro.

“Essa resolução manda uma mensagem clara no que tange às obrigações de paz e segurança da Coreia do Norte”, disse Guterres. “Eu chamo todos os Estados-membros a cumprir plenamente com suas obrigações relacionadas (à resolução).”