ACNUR ajuda os refugiados da República Democrática do Congo recém-chegados à Angola 16/05/2017 - 12:40

O conflito brutal na região de Kasai, que costumava ser pacífica, deslocou mais de um milhão de civis dentro do país desde seu início, em meados de 2016.

GENEBRA, Suíça, 03 de maio de 2017 – O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, chegou em Luanda, em Angola, com itens emergenciais para ajudar mais de 11.000 pessoas que foram forçadas a fugir da recente onda de violência que aconteceu na República Democrática do Congo.

Apoiado pela UPS, empresa global de logística, o avião que transportava ajuda humanitária veio de Dubai e aterrissou no domingo de manhã com 3.500 lonas plásticas, 100 rolos de plástico (para oferecer abrigo durante as temporadas de chuva), 17.000 esteiras para dormir, 16.902 mantas térmicas, 8.000 mosquiteiros, 3.640 utensílios de cozinha, 8.000 barris e 4.000 cubos de plástico. Nos próximos dias, o ACNUR entregará mais itens essenciais em Angola.

Desde seu início, em meados de 2016, o brutal conflito na região de Kasai, na República Democrática do Congo, já deslocou mais de um milhão de civis dentro do país.

A assistência humanitária aos recém-chegados será oferecida na zona de Dundo, onde os refugiados foram alojados em um centro de acolhimento improvisado desde o começo de abril. Os refugiados, dos quais 4.000 são crianças, chegaram cansados, com poucos recursos e muitos com sinais visíveis de terem sido vítimas de violência. As condições nos centros superlotados são extremamente precárias.

“As pessoas que chegam precisam urgentemente de ajuda vital, como comida, água, abrigo e serviços médicos”, explica Sharon Cooper, a Representante Regional do ACNUR para o Sul da África. “O ACNUR também está procurando alimentos cultivados localmente para apoiar as pessoas mais vulneráveis, incluindo crianças, mulheres grávidas e idosos”.

Equipes de emergência do ACNUR estão presentes tanto em Luanda como em Dundo para responder às necessidades dos refugiados e para coordenar respostas de emergência com o governo, as autoridades locais e com os parceiros em campo.

O governo planeja designar um novo centro de acolhimento em Nzaji, no município de Camulo, localizado a 90 quilômetros da fronteira. Esse centro já foi utilizado para receber deslocados internos durante a guerra civil em Angola. Preparativos estão sendo arranjados para avaliar o lugar e fornecer abrigo, assim como instalar lavabos, duchas e pontos de água para realocar os solicitantes de refúgio.

A fronteira é administrada pelo Exército de Angola, o ACNUR pediu ao governo que permita que refugiados continuem cruzando a fronteira, que permitam o acesso para que a agência possa ajudar os recém-chegados e para que não voltem à República Democrática do Congo e sejam expostos à mais atos de violência.

Angola acolhe atualmente 56.700 refugiados e solicitantes de refúgio, dos quais cerca de 25.000 são da República Democrática do Congo.

O ACNUR em Angola teria um orçamento anual inicial de 2,5 milhões de dólares para proteger e ajudar a 46.000 pessoas sob o seu mandato. Em resposta à emergência atual, o ACNUR está solicitando um total de 5,5 milhões de dólares para oferecer assistência vital imediata.

A UPS é uma das principais parceiras de emergência do ACNUR. A cada ano, a empresa contribui com experiência logística, fundos e serviços para apoiar e melhorar a nossa resposta de emergência e fornecer ajuda para salvar as vidas das famílias que foram forçadas a fugir. 

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