28 de Junho – Dia Internacional do Orgulho Gay 28/06/2016 - 16:20
O Movimento em Defesa dos Direitos dos Homossexuais surgiu na Europa, no final do século passado. A sua principal bandeira era a descriminalização da homossexualidade e o reconhecimento dos direitos civis dos homossexuais.
Só depois da Segunda Guerra Mundial o Movimento começou a estruturar-se na Europa e nos Estados Unidos. Mas o principal marco simbólico para o moderno Movimento Homossexual Internacional é o dia 28 de Junho de 1969, conhecido como Dia Internacional do Orgulho Gay/Lésbico, devido à “Rebelião de Stonewall”.
Stonewall
Entre 1967 e 1969, Stonewall Inn era um bar divertido localizado na rua Christopher, no centro da zona gay da cidade de Nova Iorque. Anteriormente uma garagem foi adaptada com orçamento reduzido e transformou-se num lugar, apesar de pintado de preto, animado e tolerante que atraía uma grande variedade de tipos de pessoas, especialmente jovens, e tornou-se uma alternativa aos "apropriados" ambientes caseiros ou aos inacessíveis bares de encontros do circuito gay.
Na noite de 28 de junho de 1969 uma força policial invadiu o bar Stonewall, o que já era fato comum na época. Alegavam vistoria na licença para a venda de álcool, pois os homossexuais eram considerados doentes e, por isso, não podiam consumir bebidas alcoólicas. Mas nessa noite o público se revoltou, e o motim veio seguido de violentos protestos. O dia 28 de junho, também conhecido como "Dia da Libertação da Rua Christopher", foi a primeira de várias noites em que a famosa rua se transformou num verdadeiro campo de batalha.
Os protestos de Stonewall marcaram o começo do movimento de libertação gay que transformou a opressão do público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) em chamadas para o orgulho e a ação. Desde então temos testemunhado um florescer espantoso da cultura gay, que mudou o mundo para sempre.
No Brasil
O movimento dos direitos civis dos homossexuais ganhou força a partir do fim dos anos 1970. Em artigo publicado no site do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, a cientista social de pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que, em seu início, o movimento era formado predominantemente por homens homossexuais. Mas logo nos primeiros anos de atividade, as lésbicas começam a se afirmar como sujeito político relativamente autônomo; e nos anos 1990, travestis e depois transexuais passam a participar de modo mais orgânico. No início dos anos 2000, são os e as bissexuais que começam a se fazer visíveis e a cobrar o reconhecimento do movimento.
“O surgimento do movimento homossexual indica a aspiração a reivindicar direitos universais e civis plenos, por meio de ações políticas que não se restringiam ao ‘gueto’, mas que se voltavam para a sociedade de modo mais amplo”, diz. Ainda segundo ela, o surgimento da Aids, a forma como foi divulgada e as políticas públicas de enfrentamento à epidemia que foram sendo construídas propiciaram grande visibilidade à homossexualidade e ao modelo moderno de classificação da sexualidade. “Passados os anos de pânico da epidemia, começa a se delinear também um vigoroso mercado voltado ao público homossexual. Pelo menos desde a década de 1960, o circuito de casas noturnas de frequência homossexual é entendido como um espaço de resistência e afirmação de uma identidade que não poderia mostrar-se com toda a vitalidade fora dos perímetros que haviam se constituído como lugares de proteção em relação ao preconceito.
Por isso o recente atentado a boate Pulse, em Orlando (Estados Unidos) causou grande comoção em todo o mundo, carregando as comemorações em torno do Dia do Orgulho Gay com cores mais tristes. Duas semanas após o atentado, o presidente Barack Obama anunciou que o Stonewall Inn e arredores seria o primeiro monumento nacional em honra à luta dos LGBTs dos Estados Unidos.
Só depois da Segunda Guerra Mundial o Movimento começou a estruturar-se na Europa e nos Estados Unidos. Mas o principal marco simbólico para o moderno Movimento Homossexual Internacional é o dia 28 de Junho de 1969, conhecido como Dia Internacional do Orgulho Gay/Lésbico, devido à “Rebelião de Stonewall”.
Stonewall
Entre 1967 e 1969, Stonewall Inn era um bar divertido localizado na rua Christopher, no centro da zona gay da cidade de Nova Iorque. Anteriormente uma garagem foi adaptada com orçamento reduzido e transformou-se num lugar, apesar de pintado de preto, animado e tolerante que atraía uma grande variedade de tipos de pessoas, especialmente jovens, e tornou-se uma alternativa aos "apropriados" ambientes caseiros ou aos inacessíveis bares de encontros do circuito gay.
Na noite de 28 de junho de 1969 uma força policial invadiu o bar Stonewall, o que já era fato comum na época. Alegavam vistoria na licença para a venda de álcool, pois os homossexuais eram considerados doentes e, por isso, não podiam consumir bebidas alcoólicas. Mas nessa noite o público se revoltou, e o motim veio seguido de violentos protestos. O dia 28 de junho, também conhecido como "Dia da Libertação da Rua Christopher", foi a primeira de várias noites em que a famosa rua se transformou num verdadeiro campo de batalha.
Os protestos de Stonewall marcaram o começo do movimento de libertação gay que transformou a opressão do público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) em chamadas para o orgulho e a ação. Desde então temos testemunhado um florescer espantoso da cultura gay, que mudou o mundo para sempre.
No Brasil
O movimento dos direitos civis dos homossexuais ganhou força a partir do fim dos anos 1970. Em artigo publicado no site do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, a cientista social de pesquisadora do Núcleo de Estudos de Gênero (Pagu), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que, em seu início, o movimento era formado predominantemente por homens homossexuais. Mas logo nos primeiros anos de atividade, as lésbicas começam a se afirmar como sujeito político relativamente autônomo; e nos anos 1990, travestis e depois transexuais passam a participar de modo mais orgânico. No início dos anos 2000, são os e as bissexuais que começam a se fazer visíveis e a cobrar o reconhecimento do movimento.
“O surgimento do movimento homossexual indica a aspiração a reivindicar direitos universais e civis plenos, por meio de ações políticas que não se restringiam ao ‘gueto’, mas que se voltavam para a sociedade de modo mais amplo”, diz. Ainda segundo ela, o surgimento da Aids, a forma como foi divulgada e as políticas públicas de enfrentamento à epidemia que foram sendo construídas propiciaram grande visibilidade à homossexualidade e ao modelo moderno de classificação da sexualidade. “Passados os anos de pânico da epidemia, começa a se delinear também um vigoroso mercado voltado ao público homossexual. Pelo menos desde a década de 1960, o circuito de casas noturnas de frequência homossexual é entendido como um espaço de resistência e afirmação de uma identidade que não poderia mostrar-se com toda a vitalidade fora dos perímetros que haviam se constituído como lugares de proteção em relação ao preconceito.
Por isso o recente atentado a boate Pulse, em Orlando (Estados Unidos) causou grande comoção em todo o mundo, carregando as comemorações em torno do Dia do Orgulho Gay com cores mais tristes. Duas semanas após o atentado, o presidente Barack Obama anunciou que o Stonewall Inn e arredores seria o primeiro monumento nacional em honra à luta dos LGBTs dos Estados Unidos.